Na época em que a Lei foi dada a Moisés, os israelitas haviam acabado de
chegar ao Egito, uma terra cheia de ídolos. Cada deus representava um
aspecto da vida, por isso era comum adorar diversos deuses para tentar
alcançar o maior número de bênçãos.
Quando Deus disse ao Seu povo que este precisava adorá-lo, a sugestão
não pareceu difícil aos olhos dos israelitas, pois seria apenas mais um
deus. Mas, ao perceberem que deveriam servir somente ao Deus
todo-poderoso, que os libertara da escravidão no Egito, tiveram
dificuldade de aceitar a ideia.
Isso é o que acontece nos dias de hoje. Muitas pessoas estendem sua
devoção a santos, em busca de uma quantidade maior de benesses.
Infelizmente, muitos católicos, sem o devido conhecimento das Escrituras
e confiando apenas no que lhes é ensinado nas missas e catecismos
católicos, ainda estão presos a essas crenças antibíblicas, confessando
publicamente a sua fé no poder e ministério intercessor de Maria, por
exemplo. Eles oram a ela e adoram-na, como se ela fosse a despenseira da
graça divina, a estrela da manhã, o refúgio dos pecadores, atributos
que pertencem exclusivamente a Cristo.
Eles desconhecem o que a própria Maria disse quanto à condição dela,
igual à nossa, de salva por Deus e serva do Senhor: A minha alma
engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque atentou na humildade de sua serva (Lucas 1.46-48).
Nas Escrituras fica claro que Maria reconheceu o ministério e a
autoridade de Jesus como Filho de Deus e Messias, e contribuiu com Ele e
seguiu-o até o fim. Em texto bíblico algum, vemos que foi dado a Maria
qualquer poder ou autoridade para realizar milagres ou interceder pela
humanidade, ligando e desligando qualquer coisa no céu e na terra.
Sendo assim, está enganado quem pensa que nós, evangélicos, desprezamos
Maria. O que repudiamos e contestamos veementemente são essas concepções
errôneas e contrárias à Lei de Deus. Esses ensinamentos têm levado
muitos a entregarem-se à idolatria, pecado abominável e expressamente
condenado nas Escrituras, bem como a afastar-se da verdade de que
ninguém pode ser perdoado e achegar-se a Deus, senão por intermédio de
Jesus.
Deus não dá a Sua glória a outrem (Isaías 42.8). Quando alguém adora uma
imagem, em vez de adorar a Deus, está dando a outro a glória que só
pertence ao Senhor. Então, se um artista, por exemplo, faz uma escultura
como arte, não há pecado nisso, mas se alguém a adorar, venerar,
ajoelhar-se ou inclinar-se diante dela, ou atribuir-lhe valor
espiritual, estará sendo idólatra, e isso é pecado. Portanto, meus
amados, fugi da idolatria (1 Coríntios 10.14).
Aliás, deixe-me ampliar o seu entendimento sobre o que é a idolatria,
esclarecendo que é tudo aquilo que rouba o primeiro lugar, que pertence
exclusivamente a Deus, em nosso coração.
Sendo assim, quem é avaro ama mais o dinheiro do que a Deus; quem é
egoísta ama mais a si do que a Deus; quem “tieteia” artista e quem vai à
igreja apenas para ouvir padre, pastor ou cantor gospel é tão idólatra
quanto aquele que se inclina diante de imagens de escultura, pois cultua
ídolos em seu coração. Essa pessoa precisa reconhecer seu erro, pedir
perdão e ajuda ao Senhor para mudar, pois os idólatras não herdarão o
Reino dos céus (Gálatas 5.20,21).
SUGESTÕES DE LEITURA:
João 14.6; Atos 4.14; 1 Coríntios 6.9; Gálatas 5.19-21; 1 Pedro 4.3; Apocalipse 2.20
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