Jesus
olhou para o céu e orou: “Pai, chegou a hora”. João 17.1
João 17 é um dos capítulos mais profundos da Bíblia. Livros inteiros de
comentários sobre ele têm sido escritos. Thomas Manton, por exemplo, uma vez
capelão de Oliver Cromwell, pregou quarenta e cinco sermões sobre ele. Quando
publicado como livro, encheu mais de 450 páginas. Logo, o que podemos alcançar
com meras 350 palavras? Depois de orar por si mesmo para que fosse glorificado
na cruz, Jesus ora por seu povo.
Primeiro, ele
ora pela verdade da igreja, literalmente que o Pai guarde seu povo
em seu nome ou, melhor, “fiéis ao seu
nome” (v. 12). É uma oração para que seu povo seja fiel à revelação que
recebeu.
Segundo, Jesus
ora pela santidade da igreja. Sua
oração não é que sejamos retirados do mundo, mas que, enquanto no mundo,
sejamos livres do mal (v. 15).
Terceiro, Jesus
ora pela missão da igreja: “Assim
como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo” (v. 18). Além disso, ele
faz de sua missão o modelo para a nossa, pois assim como ele entrou em nosso
mundo, devemos entrar no mundo das pessoas. Missão autêntica é missão
encarnacional.
Quarto, Jesus
ora pela unidade da igreja, que tem dois aspectos.
(1)
Trata-se de unidade com os apóstolos. “Minha oração
não é apenas por eles [os apóstolos]. Rogo também por aqueles que crerão em
mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um” (v. 20-21, ênfase
acrescentada). “Todos” deve ser uma combinação de “eles” e “aqueles”. É uma
oração para que haja uma continuidade histórica entre os apóstolos e a igreja
pós-apostólica, para que a igreja em todas as eras seja genuinamente
apostólica, leal ao ensino do Novo Testamento.
Portanto, aqui temos a dupla unidade pela qual Jesus orou: unidade com os
apóstolos (uma verdade comum) e unidade com o Pai e o Filho (uma vida comum).
Estruturas são importantes. Mais importante, porém, é a unidade entre verdade e
vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário