Assim,
[Jesus] levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da
cintura... Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus
discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. João 13.4-5
Durante a ceia, Jesus lavou os pés dos discípulos e disse-lhes que seguissem
seu exemplo. Alguns cristãos têm reproduzido fielmente essa cerimônia. Papas e
patriarcas, reis e rainhas, ainda fazem isso na Quinta-Feira Santa. Algumas
igrejas protestantes (por exemplo, os menonitas) também incorporam a lavagem
dos pés em seu culto de Santa Ceia. Outros acreditam que Jesus não estava
instituindo uma cerimônia, e sim praticando um rito comum à cultura da época.
Transpondo a fala de Jesus para a nossa cultura, ele
nos diz que se amarmos uns aos outros, serviremos uns aos outros, de forma que
não há nada que por demasiadamente humilhante não possa ser feito.
O lava-pés, no entanto, foi mais que um exemplo de serviço humilde; foi também
uma parábola da salvação. A princípio Pedro se recusou a permitir que Jesus
lavasse seus pés. Sendo assim, disse Jesus, o discípulo não poderia ter
comunhão com ele. Foi quando Pedro pediu para que também suas mãos e cabeça
fossem lavadas, ao que Jesus respondeu: “Quem
já se banhou precisa apenas lavar os pés; todo o seu corpo está limpo” (Jo
13.10).

Da mesma forma, quando chegamos a Jesus Cristo por
meio do arrependimento e da fé, somos banhados.
Teologicamente, este banho é
chamado de “justificação” (recebimento de uma nova condição) ou “regeneração”
(experiência de um novo nascimento), ambos representados no batismo, que não se
repete. Depois, mesmo continuando a cair em pecado e nos sujando da lama que há
nas ruas imundas do mundo, não precisamos de outra justificação, regeneração ou
batismo, e sim de perdão diário, simbolizado por nossa frequência à Ceia do
Senhor.
Pedro cometeu dois erros opostos. Primeiro, quando
protestou a que Jesus lhe lavasse os pés. Em seguida, ao pedir o banho
completo, visto que tudo o que necessitava era ter apenas os pés lavados.
Que Deus nos ajude a compreender essa distinção!
Ora, antes da festa da páscoa, sabendo
Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como
havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. E, acabada a ceia, tendo o diabo posto no
coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas
suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, Levantou-se
da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois deitou água
numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a
toalha com que estava cingido.
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