Há várias fontes
produtoras de doença emocional: uma família mal estruturada e violenta, a
cultura secular, uma religião legalista, opressão maligna e até a própria
pessoa, devido à sua inabilidade em lidar com as suas emoções ante as crises da
vida, às suas escolhas erradas, à falta de perdão, etc.
As emoções negativas
que se acumulam no coração humano — devido a um passado sofrido, a traumas e
abusos vivenciados na infância, a perdas, rejeições, injustiças, comparações —
provocam frustração, dor, raiva, sentimentos de vingança, baixa autoestima e
uma autoimagem negativa.
Com o passar do tempo
e o estresse do dia-a-dia, causado pela violência nas ruas e a luta pela
sobrevivência, essas emoções represadas e não tratadas vêm à tona em forma de
atitudes e comportamentos inexplicáveis (neuroses/transtornos de humor, fobias,
síndrome do pânico) e/ou doenças psicossomáticas. A pessoa começa a apresentar
perturbações psicoemocionais, acompanhadas ou não de sintomas físicos alergias,
úlceras gástricas, dores de cabeça, nas costas.
Para fugir do
sofrimento emocional, muitos se viciam em antidepressivos, calmantes e remédios
para dormir. Eles não querem investigar a raiz do problema e resolvê-lo. Acham
que isso intensificaria a dor que querem evitar. Na busca desesperada por
alívio, preferem tomar remédio para dormir ou para relaxar. Entretanto, se
combatessem o foco do problema e recorressem à ajuda de Deus, certamente o
resolveriam.
O que as pessoas com
doenças na alma precisam saber é que a maioria dessas enfermidades não deveria
ser tratada com remédios, mas sim com a Palavra de Deus e com a “terapia da
oração”. Deus nos criou e nos conhece e entende mais do que qualquer um.
A Palavra de Deus é
remédio para os problemas que afligem nosso ser, pois ela nos desnuda, fazendo
com que o está dentro de nós seja identificado e possa ser tratado.
As Escrituras são uma
fonte terapêutica extraordinária porque a Palavra
de Deus trabalha no íntimo do homem, penetra até à divisão da alma, e do espírito
[...], e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração
(Hebreus 4.12), onde Freud e qualquer outro psicanalista ou psicólogo,
gostaria, mas jamais penetrou.
A Palavra de Deus nos
estimula à análise introspectiva. Quando você começar a mergulhar dentro de si
mesmo, descobrirá a causa que o está levando a esse estado de coisas, e
encontrará a solução.
Quem está sofrendo
com depressão, angústia, baixa autoestima ou complexo de inferioridade, deve
investigar a razão, conscientizar-se de suas fraquezas e suprir suas deficiências,
bem como descobrir seus pontos fortes e valorizá-los. Pode ser que, ao analisar
a raiz do problema, a solução não seja encontrada de imediato. Mas a pessoa não
deve desistir; antes deve insistir nessa autoanálise, pensando sobre o que a
tem afligido e contando tudo o que está sentindo ao Senhor, sem medo ou
vergonha. O desabafo por meio da oração trará leveza e alívio.
Talvez também seja
necessária a ajuda de um terapeuta; alguém formado em psicologia, preparado
para conduzi-la em uma análise. Por meio do processo da verbalização começará a
desenhar-se a cura.
Para a terapia
funcionar, o analisando deve falar o máximo que puder, para facilitar o
processo de investigação terapêutica. Assim, por meio da verbalização, o paciente
fala sobre todos os seus problemas e, por meio da transferência, lança sobre o
terapeuta sua carga emocional. Este ouve o desabafo do paciente e, durante o
tempo da consulta, aceita a carga. Mas, no final da seção, devolve tudo para
aquele, fazendo uma contratransferência.
Contudo, é bom
lembrar que, por mais perspicaz e eficiente que seja o terapeuta, ele não é
onipotente nem onipresente, tampouco o dono da verdade. Ele pode formular
hipóteses falsas sobre o problema, intervindo de forma errada na terapia. Isso
provocará resistência e aversão da parte do paciente, em vez de empatia e
cooperação.
A terapia divina é
totalmente diferente da humana. Com Deus nunca há antipatia, só empatia, porque
Ele é amor, bondade, misericórdia. E Ele ainda tem a capacidade de assumir tudo
o que você lançar sobre Ele, fazendo uma contratransferência na hora e na
medida certa e indo à raiz do problema.
Quando alguém dobra
os seus joelhos para orar, falar com o Altíssimo, que é onisciente e
onipotente, sobre o que o está incomodando, machucando, ferindo, o que está
dentro da sua alma, imediatamente o processo da cura é iniciado.
O Senhor tem poder
para curar depressão, angústia, tristeza, traumas, e resgatar a autoestima e
ajudar-nos a ter uma autoimagem positiva de nós mesmos.
Um dos instrumentos
terapêuticos dele é a oração e a ministração da Sua Palavra. Além disso, convém
ao paciente pensar positivamente, ter uma boa perspectiva da vida e não se
isolar! Ele deve manter a comunhão com Deus e com familiares, irmãos na fé, amigos
leais; pessoas com quem podem partilhar alegrias e tristezas.
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