Jesus enfatizou esses dois mandamentos durante todo o seu ministério aqui na terra. Além de falar deles, Ele os praticava sempre. Quantas vezes Ele amou aqueles que eram os rejeitados pela sociedade! Também amou os Seus discípulos que eram todos problemáticos. Jesus era constantemente aborrecido com as palavras e atos dos discípulos: João e Tiago uma vez quiseram se sentar um à direita e outro à esquerda do trono de Jesus no Céu, quando Jesus falava do que iria acontecer com Ele em Jerusalém (Mc 10:32-40). Jesus falava outra vez do que os homens fariam com Ele, quando Pedro começou a repreendê-Lo (Mc 8:31-33). Quando Jesus já estava prestes a ser morto, Filipe insistiu para que Jesus os mostrasse o Pai, como se fossem duas pessoas completamente diferentes (Jo 14:7-10). E assim, Jesus-Homem teve que amar todos esses homens pecadores e imperfeitos, viver com eles todos os dias por amor a Deus e a eles.
Muitas vezes encontramos certas pessoas que nos fazem pensar: “Deus, não dá para amar essa pessoa!” A parte mais difícil é quando essas pessoas são aquelas com quem convivemos. Se fosse alguém que somente encontramos uma vez na vida durante uma viagem, ou alguém que mora longe de nós seria muito bom. Tentamos de todo jeito agradar a pessoa para ver se ela desiste de nos incomodar, porém, ela nos irrita ainda mais. Muitas vezes caímos na tentação de falar mal delas, pois a pressão é grande e constante e sentimos necessidade de desabafar. Chega a um ponto em que somente o som da voz dela nos tira a paciência. E às vezes perdemos a calma e jogamos a bandeira branca.
Mas vamos pensar: E se Jesus tivesse perdido a paciência com os discípulos ou conosco? Ele viu de perto muitas pessoas que sempre erravam, pessoas arrogantes que se achavam donos da verdade, pessoas, cujas atitudes Lhe causavam náusea e tristeza. Imagine Jesus, ao ver a situação da humanidade, olhasse para o alto e dissesse: “É por eles que Eu tenho que morrer mesmo? Eu quero voltar para o Meu Paaaai!” E viriam os anjos para O buscarem.
Mas não foi isso que aconteceu. Ele nos amou, mesmo sem merecermos. Foi um amor sem interesses, pois Ele sabia que muitos iriam abandoná-Lo, odiá-Lo, matá-Lo, trocá-Lo por outros deuses ou por dinheiro… Ele nos amou e nos disse que devemos amar uns aos outros assim como Ele nos amou (Jo 15:12). Mas como? Através do Espírito Santo que veio para nos ensinar todas as coisas (Jo 14:26). É Ele que veio continuar a Obra que Jesus começou.
Mas o Espírito Santo não vai nos ensinar a amar as pessoas com o nosso amor, que não vale nada porque é interesseiro. Ele nos ensinará a amar com o amor de Jesus, que é incondicional. Precisamos pedir ao Pai por esse dom para que sejamos semelhança de Jesus na terra.
Precisamos andar sempre em comunhão com o Senhor para aprender com Ele a amar, pois
Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou (I João 2:6).
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